terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Diário da Cintura - Capítulo XVI: Corset do Dudu

Diário da Cintura - Capítulo XVI
Corset do Dudu

Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2013.

Medidas bem brasileiras
A busca pelo corset de treino perfeito me fez ter mais consciência do meu corpo.
Treinar a cintura por esses 4 meses (CARACAAAAAA!!! Já faz todo esse tempo?!?!?!) trouxe pra mim mais noção das minhas proporções e do tipo de harmonia corporal que eu busco.
Usar o corset todos os dias - até hoje foram pouquíssimos os dias que passei inteiros sem corset. Menos de uma semana se somar todos - modificou meu corpo e também modificou o corset um pouquinho porque, afinal, apesar de ser bastante forte, ele não é completamente rígido.

Falando no corset, mais uma vez preciso rasgar seda para a Madame Sher!
Com mais de 1000 (MIL!) horas de uso, o corset está sem nenhum rasgo, nenhum esgarçado, nenhum ponto rompido, nenhum ilhós solto! Ele está raladinho onde o sutiã roça, onde o cós da calça jeans se arrasta, os cordões estão desfiando um pouco, mas com as horas rodadas desse bichinho era pra estar em frangalhos!
É muita qualidade, genti! Vale a pena economizar e esperar para ter em mão e no corpo um produto tão espetacular assim! :D

Voltando ao meu corpitcho.
É claro que quando passei minhas medidas a equipe da Sher as equilibrou de acordo com um padrão universal. Por isso, apesar de toda a maravilhosidade do corset, faltou um pouquitito para ele me vestir como uma luva.

A grande questão, meu povo, minha póva, é que eu tenho bunda.
Não é uma bundinha. É um bundão! Daqueles bem brasileiros, bem redondos. Quando eu era magrela, a única porção de carne que tinha no meu corpo era um bundão desproporcional.
Não é lombo, é bunda mesmo.
Se fosse lombo, haveria uma porção mais equilibrada de quadril. Mas como é bunda, as carnes são todas lá pra trás. Huahahahaha
 
(crédito da imagem para Falsos Moralismos)
 
A gente está careca de saber que as europeias não tem um pingo de bunda e também de que a maioria - se não todos - dos livros de moldes de corsets foram feitos na Europa ou nos Estados Unidos: outra terra de desbundadas.
Portanto é natural que os padrões de corset não se adaptem assim tão bem às bundas brasileiras.

 
Corset Eduardiano
Enquanto eu estava aqui encafifada, tentando imaginar uma maneira de explicar para a equipe da Sher, que construirá meu próximo corset, que meu corpo tem algumas particularidades, a Lucy publicou um post sobre os corsets Eduardianos.
Para os curiosos, o post é esse aqui (em inglês).

Seguem algumas partes traduzidas marromenos por mim:
"Os corsets Curvados-em-S, de Frente Reta, ou 'Corsets Saudáveis' foram inventados no início dos anos 1900, na era Eduardiana, e popularizados pelas Gibson Girls."
Pra quem quer saber o que são Gibson Girls, nossa amiga Wikipedia tem um verbete só pra isso: Gibson Girl (mas tá em inglês também).
Aqui uma imagem pra exemplificar melhor:

Ideal de beleza feminino proposto por Charles Dana Gibson e imortalizado nas suas lindas gravuras.
(crédito da imagem para Wikipédia)
"Naquele tempo se pensava que os corsets Curvados-em-S eram mais saudáveis para os usuários porque posicionava menos pressão direta na frente do abdômen. Eles também promoviam uma postura mais altiva, já que a pélvis se projetava para a frente e o traseiro para trás, enquanto os ombros e busto eram jogados para a frente, e poderia afetar o caminhar de forma tal que fazia com que as damas rebolassem elegantemente. Entretanto, foi descoberto mais tarde que esse tipo de corset exacerbava a lordose da coluna, então se chegou à conclusão que era pior para a espinha comparado ao corset Vitoriano, que mantém uma postura mais neutra."
"Hoje em dia os corsets longos e de Frente Reta são bem populares, mas foram tipicamente modernizados para se tornarem meramente 'com inspiração Eduardiana' e não causarem ou agravarem a lordose como os tradicionais Curvados-em-S faziam. Eu não aconselho uso regular ou treino em um tradicional corset Curvado-em-S ou Eduardiano, porém, muitas mulheres com lordose natural ou traseiro empinado expressaram para mim que os corsets Curvados-em-S se adaptavam melhor às suas silhuetas."
Assim que li sobre as mulheres de bunda grande que achavam que os corset Eduardianos eram melhores para sua silhueta, meus olhinhos brilharam!
Então fui pesquisar mais sobre esses corsets.

 

Encontrei um outro artigo bem bacana sobre os corsets Curvados-em-S: O Corset Curvado-em-S Contextualizado.
A autora do texto (mais uma vez em inglês) é a Marion McNealy. E ela escreve algumas coisas bem interessantes, que vou traduzir à minha maneira aqui pra vocês.

OBS.: Só um pequeno adendo: quem se interessa realmente por corsets, uma hora ou outra, vai ter que investir em aprender inglês. A maioria do material existente é produzido em inglês e não há muita tradução para o português.
"O corset Curvado-em-S (ou corset de Frente Reta) é provavelmente a mais mal compreendida e mal estudada tendência em corset no espectro histórico da corseteria. O estilo é pouco abordado no repertório padrão de livros sobre corset."
"Como consequência da adoção geral do corset de Frente Reta, a silhueta dos corpos se modificou materialmente, apresentando um aspecto muito diferente daquele de anos antes. Naquele momento não havia curvatura ou estreitamento na parte da frente da linha da cintura ou protuberância para fora sobre o abdômen. O formato correto, não somente para se adaptar à moda, mas também com o objetivo de ser saudável, deveria ter uma linha reta do busto ao abdômen. Acima da linha de cintura o corpo não deveria ser comprimido de maneira alguma; isso não só para proporcionar mais espaço para o aparelho digestivo, como para deixar livre o aparelho respiratório e permitir que os pulmões se inflassem propriamente. A partir dessa grande liberdade para respirar, o peito é involuntariamente inclinado para fora, esse movimento inconsciente endireitando os ombros."
Direções das pressões exercidas no corpo pelos corsets de acordo com o livro Le Corset (1908)
(imagem adaptada de Foundations Revealed)
 "Como se pode ver no gráfico abaixo, as medidas de cinturas eram menores em 1898 (o ápice da era do tight lacing) e os tamanhos foram aumentando durante a era dos corset de Frente Reta. As medidas das cinturas então diminuíram novamente durante a era pós-Eduardiana dos corsets."
(imagem adaptada de Foundations Revealed)
 
A parte seguinte, apesar de retirada do Foundations Revealed, foi escrita por Anna Mary Galbraith em 1911 no livro Personal Hygiene and Physical Training for Women (Higiene Pessoal e Treino Físico para Mulheres, tradução da Gabizinha).
"O corset, quando usado frouxo, é uma grande evolução em relação ao corset curvado. Quando propriamente ajustado, toda a compressão é exercida nos quadris através da parte do baixo abdômen, que é levantada, e a linha da cintura ganha tamanho. Esse corset usa como base de suporte o osso da pélvis, e deve haver espaço suficiente para facilmente introduzir a mão entre a parte baixa do tórax e o corset. Neste caso há uma grande liberdade de movimento de toda a cavidade toráxica, assim a respiração não é nem de perto tão influenciada como no corset de frente curva, e se propriamente ajustado, a parte do baixo abdômen é levantada junto com as vísceras, e, de fato, esse estilo de corset é prescrito nos casos de prolapso dos rins."
"A linha da cintura ocorre abaixo das costelas flutuantes, o que alonga a cintura, produzindo linhas graciosas sem compressão." 
"Mas nem todos os corset de Frente Reta atendem a essas condições. A não ser que sejam longos e bem ajustados sobre os quadris, eles podem falhar em levantar e suportar o abdômen, e quando usado muito apertado sobre o abdômen com o pretexto de escondê-lo, o resultado é a aplicação de uma pressão da frente para trás. Empurrados para baixo, os intestinos encontram uma maneira de escapar pela parte de baixo do corset.
"A frente do corset é frequentemente elevada muito alta, e não deixa a região epigástrica suficientemente livre. O corset precisa absolutamente não ser toráxico, e precisa definitivamente recunciar o suporte dos seios, o que deve ser feito, quando necessário, por um suporte de busto extra. O corset reto longo imobiliza o tronco da mesma maneira que o corset curvo."
Se a gente olhar com carinho, vai perceber que a silhueta do corset Frente Reta é muito semelhante à dos corsets que estamos acostumadas a ver e a usar.
O corset Vitoriano, anterior ao corset Eduardiano, tem uma silhueta muito menos natural e esquisita, com aquela protuberância da pança pra frente. É um visual que eu duvido que qualquer mulher na atualidade queira ter voluntariamente.

Em conclusão, os corsets atuais, com pequenos ajustes, são as soluções perfeitas para mulheres de bunda empinada.
A própria Madame Sher (que é uma diva, uma fofa, uma simpatia e uma humildade que dão muito orgulho de ver) me respondeu sobre as alterações que ela vai fazer no meu próximo corset, assim como não recomendou o uso de um corset Eduardiano original. Meu próximo corset vai ter a frente reta o suficiente e uma inclinação na parte posterior suficiente para dar mais conforto à minha anatomia.

 
Tricotando com a Sher
Mandei tantos e-mails para a equipe com fotos do meu corset atual e sugestões para alterações na modelagem que achei que estava enchendo o saquinho do pessoal.
Mas a Sher me respondeu numa fofura sem igual que não havia problema nenhum e que era até bom ter tantas especificações para que a peça saísse perfeita.

Ainda me contou dos bastidores da confecção do corset de casamento da Dita Von Teese, feito pelo Mr. Pearl. Dita provou o corset 12 vezes até ele estar perfeito!!
A Sher, essa graça de garota, ainda mandou o link da foto. Sente a perfeição!

(crédito da imagem para Tumblr)
 
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sábado, 30 de novembro de 2013

Diário da Cintura - Capítulo XV: Em Busca do Corset de Treino Perfeito

Diário da Cintura - Capítulo XV
Em Busca do Corset de Treino Perfeito

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2013.

A Jornada Ingrata
Outro dia assisti a mais um vídeo da Lucy onde ela falava da sua jornada em busca de um corset perfeito, e pensei whatafuqui!! Se ela, que já experimentou centenas de corsets e possui muitos (entre 50 e 100 peças, se não me engano - tem um vídeo sobre isso também) ainda não encontrou o corset perfeito, imagina eu, coitadinha, que não pretendo nem chegar perto dessa quantidade de peças.


Recentemente cheguei à conclusão que meu treino precisa avançar.
Sou uma pessoa que se desinteressa das coisas com muita facilidade, e se meu treino não avançar é bem possível que eu desista, mesmo gostando do que está acontecendo.

E, fazendo um retrospecto, estou em uma fase ingrata: tive problemas com os dois últimos corsets que comprei e não há como usar o corset de treino mais novo porque ele não está perfeitamente ajustado ao meu corpo.


#Comofas?
Dei o braço a torcer, resolvi voltar atrás e encomendar um novo corset de treino Madame Sher.
Mesmo assim, nem tudo são flores. O primeiro e-mail de contato para esse novo corset foi enviado dia 04 de novembro
A resposta só chegou dia 13 de novembro. Mas, a surpresa foi especialmente agradável quando descobri que era a PRÓPRIA Sher, a Leandra Rios, quem estava me respondendo!
Ganhei até postagem no FB (ela está falando de mim aqui!) por conta do e-mail que tinha mandado! Huahahahaha
Entre indas e vindas de e-mails, minha confirmação de compra (com o comprovante do depósito efetuado) foi enviado dia 26 de novembro. Por enquanto aguardo a confirmação com o número do pedido, informação que deve chegar em poucos dias.

Quando enviei o primeiro e-mail para a equipe, sem saber que quem iria responder seria a diva Madame Sher, expliquei meus objetivos e fiz algumas observações sobre o caimento do corset antigo em mim.
A Sher recomendou que eu continuasse treinando com o mesmo modelo de corset. E o Underbust Painéis em V ainda estava com desconto de 10% + 2 liners de lambuja. Aproveitei e também comprei um Elastique Underbust, que estava com 20% de desconto.
Aproveita genti!

(crédito da imagem para Madame Sher)

Uma coisa ruim foi que o prazo de entrega aumentou de 15 dias (quando comprei o primeiro), para 40 (!!!) dias!!!
Ou seja, continuidade no treino só ano que vem.


Pequenos ajustes
Influenciada pelo post do Tight Lacing Blog sobre "Reforma e Ajustes em um Corset", enviei um e-mail para a Bárbara da Ms. Morghann e outro para a Suzane da Black Cherry sobre ajustes do corset de tela preto Ms. Morghann e sobre troca do corset overbust de couro sintético da Black Cherry. Ambas foram umas fofas, super solícitas e ambas permitiram que eu enviasse o corset de volta para elas fazerem as trocas e ajustes.

Eu falei, falei dos corsets da Bárbara e da Suzane, mas não falei muito sobre os pontos a melhorar no Madame Sher.
Pois é, apesar de mais caro, e de ser absurdamente de alta qualidade (e sim, de valer CADA CENTAVO) o meu Underbust Painéis em V também tem alguns pontos a melhorar.
Da linha de cintura para cima não há mada que eu possa destacar como ponto a melhorar, porque o shape cônico, o fechamento, a circunferência toráxica, a curva sob o peito: tudo está perfeito.
A parte de baixo sim poderia ter alguns pontos melhorados na modelagem. Pois veja, a modelagem deste corset está muito bem feita, mas como a equipe da Sher não tinha dados mais precisos sobre a minha fisiologia, não poderia adivinhar que a circunferência do meu quadril tem uma parcela grande de bunda empinada.
Assim, o corset de treino perfeito teria a parte de cima do meu corset mais antigo e a parte de baixo com mais espaço para a bunda. No corset de sarja nude eu sinto ele "mordendo" as laterais do meu flanco e a bunda, e acho frouxo na parte da frente.

Dá pra ver que se forma um vinco no encontro do corset com a carne do meu quadril.
Acho que seria mais confortável se o final do corset terminasse mais evasê.

Aqui dá pra ver como o corset sobra pra frente e falta atrás.
Com o ajuste dessa pequena diferença, é bem possível que eu encontre o corset dos sonhos e seja feliz para sempre! Hehehehe

Felizmente a Leandra Rios, nossa lindíssima e divíssima Madame Sher, é muito humilde, acessível e competente e estava completamente à disposição para realizar essas pequenas mudanças na modelagem do meu próximo corset.
Estou ansiosa para receber essa nova peça e descobrir se finalmente encontrei o meu corset perfeito!
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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Diário da Cintura - Capítulo XIV: Três Meses e Meio de Waist Training

Diário da Cintura - Capítulo XIV
Três Meses e Meio de Waist Training

Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2013.

Como Anda Minha Cintura
Bem, obrigada.
Mas o progresso não se deu como eu tinha planejado. E não porque eu tenha me deslumbrado. Foi uma série de eventos que fez com que meu treino estacionasse.

Pra começar, em no início de outubro, com a chegada do segundo corset de treino encomendado na Ms. Morghann eu imaginei que poderia seguir o ritmo vertiginoso de redução que havia rolado com o corset Madame Sher.
Antes de tacarem as préeedas, eu juro que quando iniciei o treino não esperava conseguir reduzir 12 cm e fechar o corset tão rápido. Achava que levaria uns 3 meses. Por isso quero deixar CLARO que o tempo de progresso é uma característica particular do corpo de cada pessoa e a minha não pode ser levada como padrão.
Paciência e perseverança são as melhores qualidade de uma waist trainer.


E por que eu tive uma redução tão grande no início que não consegui dar prosseguimento depois?
Minha tioria é que no início, como tinha uma protuberante pança de gordura - toda à base de cerveja e cultivada com muito carinho - e gordura é um troço mais fácil de moldar, consegui empurrar a banha pra lá e pra cá, deixando o caminho mais livre e uma cintura mais fina.
Quanto menos gordura a redução passa a ser mais difícil, porque vai depender da remodelagem das costelas flutuantes. E osso é bem mais teimoso que gordura.


Quê mais?
Bom, também rolou o lance da contratura muscular. Ficava impossível tentar arrochar mais com a costela doendo do jeito que estava.


Ah, tá. E agora? Porque o treino está parado?
Pois veja: não estou mais com dor, mas continuo usando meu corset da Madame Sher.
O coitadinho está mufibento, meio raladinho onde o tecido entra em atrito com outros tecidos. Mas também, se usar uma média conservadora de 8 h por dia de uso e contar que já uso ininterruptamente - TODOSOSDIAS - a gente chega ao impressionante número de 850 horas de uso. E olha que eu acho que já estou usando o corset por mais tempo que isso...

A verdade é que não me adaptei ao corset Ms. Morghann.
Isso não é por conta da corsetière, a Bárbara. Ela é super competente e acessível e o produto é de altíssima qualidade. Mas eu fiz uma série de suposições que estavam erradas e tomei várias decisões equivocadas.
Apesar de que, pra tudo tem um jeito, né?

- Primeiro ponto: Achei que um corset de tela seria mais confortável, mas a verdade é que ele marca mais a pele e é mais flexível, já que só possui uma camada. Portanto, acredito que esse corset tenha a função muito característica de manter uma medida consolidada por um corset de material mais robusto, feito com várias camadas.

- Segundo ponto: O shape do corset é diferente do shape do primeiro corset que usei. O Madame Sher tem uma silhueta cônica e o Ms. Morghann tem a silhueta de ampulheta. Eu gosto mais e acho mais natural a silhueta cônica.
Se eu tivesse mais conhecimento na época em que pedi o corset, teria me tocado que a silhueta seria diferente, porque o corte dos painéis é diferente. Os painéis frontais do Madame Sher são em V (dando mais suporta às panças protuberantes como a minha), e os do Ms. Morghann são retos (o que somado ao material e ao uso correto do corset resultam no formato ampulheta da peça).

A primeira silhueta (vermelha) é a de ampulheta que eu não gosto.
A segunda (pink) é a cônica, minha preferida.
(crédito da imagem para Fashionox)

- Terceiro ponto: E eu fiz algumas burradas no fornecimento das medidas. Deveria ter fornecido as mesmíssimas medidas que forneci para a confecção do corset Madame Sher. Acontece que mesmo o corset Madame Sher tem alguns pontos que poderiam ser melhorados e eu achei que editando as medidas conseguiria reverter e melhorar o caimento desse novo corset.
No termo de compromisso a corsetière Bárbara deixa bem claro que um erro de até 1,25 cm está dentro da margem aceitável e sem direito a reclamações.
Pois bem, a medida entre a cintura e o tórax (embaixo do peito) que enviei foi de 11 cm. Menor do que os 12 cm que enviei para a Madame Sher, porque achei que o corset antigo empurrava meus peitos muito pra cima. O corset novo veio com 10 cm entre a cintura e a linha de tórax - ainda dentro da tolerância. Ou seja, eu deveria ter pedido os 12 cm e teria a altura perfeita....
Por outro lado, a medida entre a cintura e os flancos que enviei era de 13 cm, e a medida entre a cintura e o quadril 20 cm. O corset veio com 18 cm. Não é nem uma medida nem outra.
O Madame Sher tem 16,5 cm relativa à medida entre cintura e flancos enviada por mim de 14 cm. E na tabela de medidas Madame Sher não há a necessidade de informarmos a distância entre cintura e quadril. Portanto a medida de 16,5 cm é uma estimativa feliz, e que foi perfeita para meu corpo.

- Resultado: O que aconteceu é que sentada o corset incomoda demais!
As coxas empurram o corset pra cima, a cintura se desloca pro alto, e eu fico com uma pontada de dor nas costas do lado esquerdo mesmo deixando o corset frouxo.
Em cima o corset ficou muito curto. Ele acaba muito longe da curva do peito. Dessa maneira as gorduretes fogem para cima e deixam o corset marcado.



Além de eu não ter conseguido me adaptar de jeito algum ao modesty panel flutuante, que necessita uma luta de foice pra conseguir ficar no lugar enquanto a gente aperta o corset. Eu levava muito mais tempo tentando fechar esse corset do que fechando o Madame Sher. E minha manhã é muito apertada para eu perder tempo com qualquer coisa a mais.

Por conta de ser curto em cima, ele não é tão alto atrás como o Madame Sher, então não dá o tanto de apoio às costas com o qual eu estava acostumada.

Por todos esses motivos eu continuo usando meu velho corset de treino Madame Sher.

- Próximos passos: Alguns meses se passaram e meu lindo corset Ms. Morghann está guardado no seu saquinho de cetim, abandonado. Um corset foi feito pra ser usado! Ele precisa de carinho e atenção! Mas do jeito que está, eu jamais vou conseguir usar o bichinho.
Depois de ler a postagem da Iris Duarte "Reforma e Ajustes em um Corset" no Tight Lacing Blog, resolvi tomar uma atitude que alimenta: vou entrar em contato com a Bárbara.
Sobre a modelagem dos painéis não há muito o que se fazer. Nem sobre o comprimento superior. Mas sobre o comprimento inferior, que é o que realmente torna o uso muito doloroso - já que prende a circulação das perna quando estou sentada e empurra a cintura para cima, causando dor na coluna - isso sim dá pra corrigir.
Acredito que enviar um e-mail respeitoso, com todos os dados, fotos e etc. é respeitar o trabalho da Bárbara e respeitar a mim mesma. Não acredito que ela vá ficar chateada com isso.


Mais reformas à vista
Outro episódio que me deixou bastante frustrada foi a compra do corset Overbust de Couro Sintético da Black Cherry Corsets.

- Primeiro ponto: Demorou demaaaaaais pra entregar. O prazo de entrega era de 35 dias e demorou 50 (!!!) dias para ser entregue!
A Suzane Barbosa, corsetière do Black Cherry Corsets é super simpática e acessível, me informava o tempo todo dos problemas que estavam rolando com uns fornecedores dela, mas a confecção e entrega do pedido demorou absurdamente. Esses 50 dias são sem contar o tempo de troca de e-mails - só estou levando em conta o quanto demorou do fechamento do pedido até a chegada na minha casa.

Mas quando chegou, ele era realmente lindo!

Olha que coisa linda a frente!!!
Adorei a distribuição das barbatanas!

As costas também são lindas.
Ele tem um modesty panel atrás do qual eu gostei, apesar de ser flutuante.

Detalhe das costuras lindamente executadas e do interior de brim macio.

O acabamento dos vieses está muito bem feito também!

Planejei usar o corset para sair com meu Príncipe dia 30 de outubro.
A gente foi à estreia da cerveja The Trooper do Iron Maiden no Rio de Janeiro no Bar do Botto, na Tijuca, e depois fomos ao show da banda Asylum, cover de Kiss, no Calabouço, também na Tijuca.
Uma noite memorável e fabulosa!

- Segundo ponto: Ao vestir... Problemas com a modelagem.
Apesar da silhueta ser absurdamente maravilhosa, o formato cônico do corpo ter encaixado como uma luva, ter valorizado muito minha cintura, do formato lembrar um corset Eduardiano moderno (frente reta, achatando lindamente a barriga, e costas empinadas perfeitas para mim, que tenho um derrière empinado), o bojo ficou muito curto para meus peitos.
Eu tinha de tomar cuidado, porque qualquer movimento mal calculado poderia me colocar na capa da Playboy! huahahaha

Apesar da silhueta cônica perfeita, meus peitos estavam quase se suicidando.
E eu nem apertei o corset o quanto podia por medo de espremer os peitos ainda mais e eles efetivamente pularem pra fora.

Nessa foto dá pra ver melhor como o bojo era curto, quase um midbust.
Eu tive de ficar a noite inteira com uma  echarpe em volta dos ombros porque estava muito insegura com a perspectiva de pagar peitinho.
E o que dá mais pena é que o shape é lindo!!!!

Atrás não estava completamente apertado.

E pra piorar a situação, ao chegar em casa descobri que, mesmo sem apertar muito, senão meus peitos pulavam, o busk tinha rasgado sua canaleta e ficou pra fora.

O busk é arredondado, mas mesmo assim rasgou o tecido.

Fiquei sem saber o que fazer...

Meu primeiro corset para tight lacing - não para waist training - e deu tudo errado.
Não sei se adianta trocar: uma nova peça com a mesma modelagem vai me deixar quase de peito de fora do mesmo jeito, e com o mesmo tecido vai rasgar do mesmo jeito.
No final das contas, pra trocar vou ter que escolher outra peça, de outro tecido e outra modelagem. Acontece que eu não queria um underbust porque não vou usar por fora da roupa. Eu queria um overbust pra usar como roupa.

E, sobretudo, não queria aborrecer a Suzane porque ela foi super solícita e super legal comigo.
Acho que foi uma combinação de fatos azarados, mas que em nenhum momento comprometem a competência e a qualidade do trabalho da Suzane.

- Resultado: De toda maneira vou mandar um e-mail com as fotos para a Suzane. Continuo achando que não é desrespeitoso colocar meus pontos de forma coerente e educada e que ela pode até mesmo achar positivo, pois possivelmente reverá a modelagem e certamente reverá o fornecedor do tecido que se rasgou.

Pra fechar o post, devo dizer que recomendo muito tanto a Bárbara do Ms. Morghann quanto a Suzane do Black Cherry Corsets.
Nos dois casos foram coincidências infelizes que fizeram com que os corsets não ficassem bem em mim. Mas as duas corsetières foram super solícitas, presentes, acessíveis, além de serem ambas competentes e do trabalho ser de altíssima qualidade.
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Diário da Cintura - Capítulo XIII: Tight Lacing x Waist Training

Diário da Cintura - Capítulo XIII
Tight Lacing x Waist Training

Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2013.

Jogo dos 7 erros: encontre as diferenças

Até pouco tempo, quando queria pesquisar sobre corsets e a diminuição da cintura através do uso prolongado e contínuo, usava o termo "tight lacing", que significa - em tradução livre - "amarrar apertado".
E vi muita gente boa, que está nessa de cinturinha fina há muito tempo, dizer que tight lacing e waist training ("treino de cintura", em tradução livre) são a mesma coisa.

Mas dia 13 de outubro, a Lucy, da Lucy's Corsetry, minha Meca sobre waist training, publicou o seguinte post: Waist Training vs Tight Lacing: what's the difference? ("Treino de Cintura versus Amarrar Apertado: qual a diferença?", em tradução livre).
Nesse post - com vídeo do Youtube associado - a Lucy, baseada em suas exaustivas pesquisas em sites e em livros (olha aqui as resenhas de livros sobre corseteria que ela já fez!) ela afirma que tight lacing e waist training NÃO SÃO a mesma coisa.

(crédito da imagem para Abstract Health)

Como estou observando - muito feliz!!!!! :D - o aumento nas visitas a esse blog por conta desse diário da cintura, e suponho que há pessoas que não falam nem leem em inglês, segue um resumo com as partes que eu julguei mais importantes do post.


Introdução:

"Algumas companhias de corset usam os termos [tight lacing e waist training] de forma intercambiada, o que pode ser confuso ou possivelmente até perigoso, porque ao dizer que um corset é projetado para 'waist training' um cliente pode ter uma ideia completamente diferente do que 'waist training' é na verdade, e pode terminar usando o corset de um jeito para o qual ele não é projetado. Então, quando uma loja de corsets (especialmente aquelas que vendem corset de tamanho padrão) declara que que seu produto é apropriado para waist training, seja cuidadosa com como eles definem o termo antes de fazer o investimento."

OBS: A expressão "OTR" se referindo a corsets encontrada no site da Lucy significa "off-the-rack". Em tradução livre, "direto da prateleira". E se refere a corsets encomendados em tamanho padrão. Ou seja, é como se os fabricantes já tivessem fabricado os corsets e o comprador pudesse simplesmente retirar da prateleira o que quer.
Ao contrário dos corsets OTR há os corsets "bespoke" ou "custom fit", expressões que se referem aos corsets sob medida que são feitos sob demanda, ou encomenda dos clientes.
A vantagem de um corset OTR é que a entrega é muito mais rápida do que a de um corset encomendado sob medida (o prazo das corsetières brasileiras pode variar de 20 a 60 dias, pela minha - pouca - experiência).
Todos os corsets que eu tenho foram encomendados sob medida.

Apesar da Lucy ter conversado com outras trainees e alguns corsetières sobre a diferença entre os dois termos, não chegou-se a uma conclusão que fosse aceita por todos. O ponto de vista da Lucy sobre o assunto - e o meu também - é o seguinte:


O que é Tight Lacing?

Dita Von Teese praticando tight lacing para uma foto promocional
(crédito da imagem para Los Moderninhos)

- "Algumas pessoas dizem que é uma redução acima de 4", aproximadamente 10 cm. O que é fácil para quem tem uma cintura natural acima de 100 cm, mas muito difícil para quem tem uma cintura natural de 60 cm."
- "Outras pessoas dizem que é qualquer coisa superior a 20% de redução. O que é equivalente a uma pessoa com 60 cm de cintura natural reduzir a 48 cm e outra com 100 cm de cintura natural reduzir a 80 cm."
- "Ainda há outras pessoas dizem que é arbitrário e depende somente da tolerância individual ao aperto. E que, contanto que a pessoa esteja amarrada a um ponto desafiador, mas não doloroso, essa pessoa pode se considerar uma praticante do tight lacing."

"Enquanto estou escrevendo isso, meu ponto de vista sobre tight lacing está entre a segunda e a terceira definição. Na minha própria experiência diferencio lightly laced - "levemente amarrado" (praticamente frouxo), moderately laced - "moderadamente amarrado" (confortável), tight laced - "amarrado apertado" (desafiador, mas não doloroso) e over laced - "amarrado apertado demais" (quando você começa a se sentir desconfortável ou com dor. Nesse caso você forçou demais e eu aconselho a não chegar nunca nesse ponto, nem mesmo para se testar)."

"De toda maneira, quase todo mundo com quem conversei concorda em uma coisa: tight lacing é algo que você faz de vez em quando - para fotos e eventos especiais. Waist training não pode ser feito só de vez em quando."

Só para deixar aqui minha experiência: eu já fiz over lacing e foi extremamente desagradável e dolorido.
Não recomendo.


O que é Waist Training?


Lucy com seu corset de treino de cintura.
(crédito da imagem para Lucy's Corsetry)

"[...] waist training é algo que você trabalha com o tempo. Isso envolve certa intenção, objetivo final, trabalho consistente e dedicação."

"Se você está começando e não tolera grandes reduções, pode se chamar de waist trainer se quiser."

"Se você consegue fazer tight lacing e faz todo dia (mesmo se for só porque você gosta e não tem objetivos definidos), alguns podem considerar isso como waist training também. Você pode ser uma tight lacer sem treinar a cintura, e você pode treinar sua cintura sem ser uma tight lacer (até certo ponto). Mas a maioria das pessoas são as duas coisas ao mesmo tempo se elas conseguem atingir grandes reduções através de uso prolongado e diário."

Para constar, minha cintura natural era de 80 cm, e hoje em dia consegui reduzir para 68 cm - 12 cm de diferença. Em termos de porcentagem, isso equivale a uma redução de 15%. Ou seja, alguns podem me considerar tight lacer, outros não.
Em um outro post da Lucy (esse aqui) há algumas metodologias para determinar um objetivo alcançável de redução de cintura.
- A primeira metodologia é Cintura = 70% do Quadril. Com um quadril como o meu de 105 cm, minha cintura natural ideal é de 73,5 cm. Essa metodologia não é satisfatória pra mim porque meu quadril tem uma parcela muito maior de bunda do que de ancas, então, olhando de frente com essa medida, a curva da cintura é suave demais e quase imperceptível.
- A segunda metodologia é de Cintura = Coxa. Ou seja, a circunferência da cintura tem de ser a mesma da coxa. Minha coxa não é uma grande coxa, tem somente 57 cm de circunferência, o que seria uma redução muito dramática e pouco natural para uma cintura original de 80 cm.
- A terceira metodologia é Largura dos Quadris = 1,618 Largura da Cintura. Veja que é a largura, não a circunferência, ou seja é a percepção frontal da cintura. Esse número 1,618 é também conhecido como Divina Proporção ou Proporção Áurea e tem propriedades muito interessantes ligadas ao crescimento natural de várias coisas (por falta de uma palavra melhor) dentro da natureza. Pra saber mais, olha a Wikipedia aqui! Meu quadril de frente tem 43 cm, portanto minha cintura ideal de frente teria cerca de 27 cm. Mas a cintura tem uma seção elíptica (apesar de ir se aproximando de uma seção circular com o uso do corset), portanto o valor da sua circunferência dependeria do quanto "pra dentro" é minha pança. Hoje eu apresento essa proporção com uma cintura de 68 cm, mas não estou satisfeita.

Ou seja, meu objetivo está entre a cinturas dos métodos 1 e 2.

"Por que as pessoas treinam a cintura?
Algumas pessoas treinam para ser possível fazer tight lacing com uma redução drástica - eu, por exemplo, se quiser fechar um corset de 51 cm, preciso treinar para chegar lá.
Outras pessoas treinam com a intenção de tornar suas cinturas menores mesmo não usando corset."

Me encaixo nessa segunda categoria.

"Definição:
Waist training (corset training): atingir de moderada a grande redução de cintura através do uso de um corset por longos períodos (meses ou anos) com a intenção de reduzir a cintura natural, sem corset, do indivíduo - seja por meio indireto (perda de peso), ou por meio direto (por exemplo alterando músculos, caixa toráxica e/ou a morfologia da camada adiposa da região)."

"Quais características eu devo buscar em um corset para o Tight Lacing?
- Forte o suficiente para que não se rasgue nas primeiras vezes em que for usado;
- Ter uma modelagem e redução notáveis, porque não é um corset elástico;
- Ter barbatanas de aço, não de plástico/PVC que se deformam facilmente;
- Ter uma largura de quadris e tórax suficiente para que o corset reduza as medidas da cintura, mas não aperte ou belisque o resto do corpo;
- Um corset para tight lacing pode ser tanto feito sob medida, quanto comprado pronto."

"Quais características eu devo buscar em um corset para waist training?
Quando alguém pergunta qual o corset apropriado para waist training eu presumo que a pessoa vá usar o corset diariamente, por longos períodos e para uma grande redução. Se sua intenção é treinar a cintura: COMPRE CORSET SOB MEDIDA.
- Corsets para waist training são fabricados com materiais mais fortes e de alta qualidade como o coutil (espécie de lona de fios retorcidos de algodão em trama de sarja e muito resistente);
- Corsets para waist training são construídos com costuras mais fortes e podem apresentar costuras triplas ou quádruplas;
- Muitas vezes os corsets para waist training têm mais barbatanas. Mas, mais importante: as barbatanas são inseridas de tal forma que ajudam a evitar pontos de pressão no usuário. Porém é bom destacar que não é porque um corset tem barbatana dupla que ele é adequado para waist training;
- Corsets para waist training normalmente tem o interior suave e liso para prevenir enrugamento e abrasão da pele. Corsets para tight lacing muitas vezes têm barbatanas internas, que tornam o uso contínuo desagradável;
- Corsets para waist training podem ter um busk reforçado e extra-largo, painéis de proteção para o busk e as costas, cordões reforçados e outras características para garantir uma experiência mais confortável. Os corsets para tight lacing também podem ter algumas ou todas dessas características. Outro ponto a se destacar é que mesmo para corsets para waist training é possível que essas particularidades acima precisem ser pedidas explicitamente pelo comprador."

"Todas essas características tornam um corset para waist training não só mais confortável, o que quer dizer que você conseguirá usá-lo por mais tempo e mais vezes, como também ele durará mais tempo sem se desfazer. É mais efetivo em moldar o seu corpo e trará uma experiência mais positiva. Você poupa tempo, dinheiro e evita passar por desconforto e frustração ao escolher um corset de alta qualidade perfeito para o trabalho que você precisa."


A grande questão: É possível fazer waist training com corsets tamanho padrão para tight lacing?

"É possível. Você irá observar progresso, mas pode não ser tão confortável comparado com um corset feito especificamente para waist training. Dependendo da marca, o corset pode rasgar ou se deformar consideravelmente depois de poucos meses porque ele não foi projetado para uso diário e rigoroso."

Por fim a Lucy recomenda que as pessoas se informem muito antes de investir em um corset, pois nosso corpo merece o melhor.

Particularmente, pelo que andei pesquisando, aqui no Brasil é difícil encontrar corset OTR, a não ser os xing-lings que, na maioria das vezes, não são corsets (leiam o Tight Lacing Blog da Iris Duarte. Há muitas matérias excelentes sobre a diferença gritante entre um corset xing-ling e um corset verdadeiro, além de denúncias dos félas-da-pooota que tentam vender gato por lebre para os incautos).
Apesar de haver mais corsetières brasileiras(os) do que eu acreditava inicialmente, a produção de corsets brasileiros ainda é artesanal na sua maioria, portanto é muito mais provável que, se você resolver comprar um corset de qualidade, esse corset seja feito sob medida.

Acredito que agora fique fácil saber a diferença entre waist training (o que eu pratico) e o tight lacing.
Apesar de que... É provável que esse post irrite as xiitas que discordam e vão dizer que eu só falei merda.
Antes da confa: gente linda, vamos ter cintura fina, não aborrecimento!

E pra quem quer ver o vídeo da Lucy sobre esse tema, ó:

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Diário da Cintura - Capítulo XII: Viéses da Prática

Diário da Cintura - Capítulo XII
Viéses da Prática

Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2013.

O que Sucedeu com Minhas Costelinhas
Faz tanto tempo que postei sobre minha busca por uma cintura decente que muita coisa aconteceu.

Sobre a contusão da qual eu falei em outros posts: bem, ela me deixou bastante preocupada, porque doía tanto que eu cheguei a achar que tivesse fraturado uma costela.

Não foi tão dramático.
Na verdade eu tive uma contratura muscular na região intercostal e que doeu pra burro!
Fui ao médico, tirei as radiografias e não havia nada de errado com minhas costelinhas.
O que aconteceu foi uma espécie de torcicolo, só que nos músculos das costelas.
Durante a consulta informei ao médico que eu estava praticando o waist training (claro que não com essas palavras, senão ele iria ficar olhando pra mim com cara de tacho) e que durante a crise de dor precisava usar o corset até para dormir, já que não conseguia aguentar de dor quando estava sem o corset.
Cheguei a ir a 3 médicos diferentes e todos disseram que o treino não necessariamente era o responsável pela contratura, que esse tipo de lesão pode acontecer durante uma série de abdominais, por exemplo. And, eles aconselharam a continuar usando o corset para estabilizar a lesão e diminuir a dor.
Como tratamento tomei um miorelaxante, um antiinflamatório e um creminho tópico à base de diclofenaco.

Demorou a passar, mas passou e agora estou muito bem, obrigada.

Porém, ah, porém.
A gente tem de refletir sobre isso. 
Pra quem não sabe, eu adoro pesquisar, mas em nenhum site sobre tight lacing/waist training que eu entrei - do Brasil e estrangeiros - ninguém falava sobre lesões que tivessem sofrido. Entretanto, uma coisa da qual falavam muito era sobre a necessidade de fortalecer os músculos através de abdominais e alongamentos.
Eu sou descrente e preguiçosa: não acreditei nessa necessidade de malhação, nem tinha a menor vontade de malhar.
Olha só no que deu...

Enfins, incautos, descrentes e preguiçosos: vamos botar essa pança pra suar!
Aqui embaixo seguem links dos exercícios que eu tinha selecionado para fazer quando estava animada e comprometida a fazer exercícios diariamente.

Alongamentos


Mat Pilates: Pilates feito exclusivamente na esteira.


Abdominais com bola suíça. 
Ou, como nós chamamos aqui no Rio, bola de pilates.
Eu tenho uma bola de pilates que estava abandonada. Agora, com o uso do corset, a coitadinha voltou a ser usada. Hehehehe

Essa não é uma lista exaustiva: há muito mais exercícios e muito mais vídeos no Youtube para seguir.
O importante é lembrar de trabalhar os grupos musculares que estão sob estresse: infra, supra e laterais do abdomen e músculos das costas.
E fazer um trabalhinho aeróbico também não faz mal a ninguém, né. Vai ajudar no emagrecimento pra quem precisa e quer, e de quebra aumentar a capacidade cardiorespiratória - o que é totalmente excelente para qualquer pessoa. 
Um amiguinho meu deu uma dica de outro: pra quem quer afinar as pernas, corrida; pra quem quer engrossar as pernas, bicicleta.
Eu vou de bicicleta.
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Diário da Cintura - Capítulo XI: Amarrações Bacaninhas

Diário da Cintura - Capítulo XI
Amarrações Bacaninhas

Rio de Janeiro, 17 de outubro de 2013.

Updates Meio Nhé
Tô pasma e feliz!
Bem tem um montão de gente entrando nesse humirde brógui! Uia!!!

Obrigada, pessoas lindas!!
Continuem vindo, que eu atóron!

Entonces, vamos aos updates.
Bem tive que voltar para o corset mais antigo porque machuquei minha costela. Eu não sou uma lady nunca, nem mesmo de corset - apesar de me sentir como uma dama antiga - então, acho que dei um "jeito" na costela.

Só que o grande lance, o que vai deixar as pessoas a-pa-vo-ra-das e me chamando de louca, é que minha costela dói pra cacete quando eu estou SEM corset. Dormir estava sendo uma tortura!
Então estou tomando anti-inflamatório e analgésico (Diclofenaco Potéssico 50mg 2x ao dia), passando Calminex-H na região e tendo que dormir de corset para manter a costela no lugar para ela poder sarar bonitinha e eu poder recomeçar meu treino com o corset menor.


Amarrações cheias de Bossa
Mas vamos falar de coisa boua? Xuro que não é Top Term.
Recebi um comentário (fiquei toda boba!) da Brechó Online perguntando sobre a amarração cruzada nas costas.

Veja só, eu estou começandinho e já recebi uma pergunta que sei responder! Huahahaha
A amarração cruzada eu aprendi com a Lucy, da Lucy's Corsetry em um dos seus inúmeros tutoriais online sobre corset.
Quem ama corset, tight lacing e waist training (que descobri através da Lucy que NÃO SÃO A MESMA COISA!) precisa se inscrever no canal dela no Youtube, que é o Bishonenrancher.
Os vídeos são em inglês, mas são tão visuais que acredito que mesmo quem não entenda uma palavra, vá compreender o que ela está fazendo.
Vamos a eles!

  • Self Lacing: Como se amarrar sozinha-zinha, sem ajuda de ninguém.
Apesar de eu achar isso a coisa mais fácil do mundo, pode ser que tenha gente que não consiga visualizar o processo. Bem, Lucy fez esse tutorial mostrando como ela faz.
O grande ponto, que eu acho meio furado pra gente, é que ela mostra a amarração de um corset com laço frontal, mas o pessoal fica mesmo encucado para saber como a gente faz pra amarrar sozinha com laço posterior.
De toda maneira, em outros vídeos ela mostra como amarrar atrás e eu acho esse vídeo bem educativo.
Enjoy!




  • Bunny Ears Lacing Style: Como amarrar seu corset no estilo mais difundido, simples e fácil de usar.
Aqui a Lucy ensina a gente a refazer a amarração do corset no estilo mais clássico. Pra quem tem corset, provavelmente esse é o estilo de amarração que veio originalmente. E caso você precise lavar seu corset e depois se enrole para colocar os cordões de volta, essa técnica é mamão com açúcar.




  • Inverted Bunny Ears Lacing Style: O estilo cheio de estilo que eu uso nos meus corsets.
Primeiro quando li o nome do estilo fiquei encafifada. Achei que as "orelhinhas de coelho invertidas" eram quando as alças, de alguma maneira, ficavam para dentro. Mas aí, comé que a gente iria amarrar a porcaria do corset? Bem, não é nada disso.
Nas orelhinhas tradicionais, quando a gente puxa a parte de cima da alça, a parte de cima do corset é apertada e quando a gente puxa a parte de baixo da alça, a parte de baixo do corset é apertado. Já nas orelhinhas invertidas, depois de toda a amarração, quando a gente puxa a parte de cima da alça, a parte de baixo do corset é apertada, e quando a gente puxa a parte de baixo da alça, a parte de cima do corset é apertada. Confuso? Hehehehe
Além do mais, essa técnica deixa a parte mais tensionada do corset, que é a linha da cintura, duplamente amarrada e auxilia na manutenção da tensão final.
Ah, chega de bla-bla-bla. Vejam o vídeo que vocês vão entender.



  • Self Lacing Inverted Bunny Ears: É isso que eu faço todo santo dia.
Achei importante colocar esse vídeo porque é exatamente assim que eu amarro meus corsets. Ou seja, ela mostra como amarra um corset com orelhinhas de coelho invertidas, com amarração nas costas.



  • Straight European Lacing Style: Lindo-lindo-lindoooooo.
Eu ainda não experimentei, mas achei a coisa mais linda e limpa eváaaahhhh. Achei que fica ainda mais bonita do que a amarração tradicional cruzada que normalmente se usa nos corsets.
Mas, na minha opiniãozinha, que não vale praticamente um tostão furado, a amarração cruzada fica muito bonita quando se usa o corset com um gap de 5 cm - tem muita gente que gosta e eu também acho lindo - e a amarração direta européia fica espetacular quando se usa um corset completamente fechado.
Olhem e xorem de amor.



  • Two Tone Straight European Lacing Style: Não só é lindo, como é em duas cores!
Pra deixar a gente ainda mais embasbacada, agora a Lucy mostra a mesma técnica do vídeo anterior, só que usando cordões de duas cores diferentes. Imagina a onda sair por aí com um corset amarrado assim!



  • Only Loops Lacing Style: Outro estilo, dessa vez só orelhinhas de coelho até embaixo.
Esse outro estilo é só alças de cima embaixo.
Não gostei muito... Acho mais bacana quando os cordões aparecem e nesse estilo eles ficam quase totalmente escondidos.
Mas como há gosto pra tudo, segue o tutorial.



  • No Bunny Ears Lacing Style: Por outro lado, esse estilo não tem nenhuma orelhinha pra contar estória.
Em algum blog da vida li que um corset jamais pode ser amarrado no final. Bem, eu acreditei nisso, até porque é bem mais difícil amarrar no final do que na linha da cintura como é o mais usual.
Mas, desculpe a falta de imparcialidade, é que eu levo a opinião da Lucy mais em consideração do que de qualquer outra pessoa que dê seus pitacos sobre corset no mundo inteiro.
Pode até ser que eu mude de opinião depois, mas atualmente, a Lucy é pra mim a maior entendida em corseteria que eu conheço.
Portanto, se ela apresenta um corset amarrado no final, pra mim fica claro que essa também é uma técnica de amarração válida.
Espero que gostem!



Fala sério se esse lance de corset não é muito divertido!
:-*
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